noites brancas

quebrou-se o acordo em vidro que não se mastiga. mas a culpa não foi minha.
eu anestesiei-me, eu encontrei sentidos, eu construí-me, mesmo que à revelia de mim mesma.
eu pedi, dia após dia, um coração de carne. eu libertei-me a preço do cálice mais amargo.
acho eu.
mas agora...agora não me responsabilizo. a culpa, se a houver, será do dostoievsky ou tua.
eu fiz o que pude, na distância a que consegui.
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