can you carry my drink?, i have everything else

26.2.08

lembro-me bem da primeira pessoa de quem não consegui gostar. ainda hoje essa espécie macabra de falsa-culpa me assombra. e, apesar disso, como parece agora tão doce o esforço que fazia....era um esforço honesto e inocente. agora, por triste que seja, não consigo recuperar nada dessa inocência de uma primeira vez. não sei se é assim sempre quando se cresce - se vão aparecendo cada vez mais pessoas que nos tiram do sério. eu, triste sina dos corações moles e peregrinos, enjoo de não gostar de pessoas. ou mais friamente, as pessoas de quem não consigo gostar enjoam-me. seria e fisicamente. passa-se alguma coisa terrivelmente estranha no meu estômago enquanto a minha garganta se contorce nas mais breves formulas de cortesia possíveis da língua portuguesa. encarno a repulsa, o que não é coisa bonita de se fazer em público, e por isso mesmo tenho de a engolir, o que faz apenas com que aumente a náusea. e sim, é essa a palvra.

hoje acordei ainda enjoada do que tive de engolir. current mood:...e dai-me uma desordem alimentar de qualquer espécie que tire esta náusea da minha carne agora e para sempre.

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It would not only be more human, it would be more humble of us to be content to be complex
g.k.chesterton