can you carry my drink?, i have everything else

20.1.08

hoje acordei há uma semana atrás: com uma impossibilidade física de simplesmente escrever, ou um qualquer impulso de deixar tudo para o último instante. como se fosse um jogador do dostoievsky? sim, há definitivamente qualquer coisa de vício neste modo de lidar com as tarefas. é um jogo perverso comigo mesma: ver quanto tempo aguento sem escrever uma linha, sabendo que amanhã de manhã estarei seguramente com as minhas três páginas na mão. então, há uma tensão, uma força grande para não escrever, apesar de todo o mundo racional em mim pedir desde há três dias que começasse. junkie-talk: quanto mais tarde começar, mais bate. aquele pensar que é impossível, a fita, o pequeno desespero de não encontrar uma palavra, ou de não domesticar o parágrafo, o ser tão vítima do tédio, do desinteresse, do mundo, de seja o que for, estar quase a desistir...sentir tudo isso, e mesmo assim acabar a tempo, faz-me sentir estupidamente poderosa (como dançar nuns saltos deslumbrantes a noite toda, quando todas as outras já trocaram para sabrinas...). como diz a outra a propósito de uma das suas trivialidades: it's the high we're chasing. damn right.

current mood: somewhat sinful, i'm afraid.

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It would not only be more human, it would be more humble of us to be content to be complex
g.k.chesterton