- ai soutor, se soubesse..
- diga-me, diga-me! o que é que lhe dói?
- bem, doer, dói-me a cabeça, mas o que me preocupa é o coração...
- mas de que é que se queixa?
- não, não, não tem a ver com queixa nenhuma. eu não me queixo, era assim que eu queria
- bom, mas o que é que a trouxe cá?
- é que sabe, soutour...
-...
- tenho o coração elástico demais...
- desculpe?!
- sim, é isso. e depois não o consigo acompanhar. é assim mesmo: elástico demais. acha que tenho cura, soutor?
- bem, minha senhora,a senhora não está propriamente doente. e cura não há. é mesmo assim. mas podemos controlar a dor, se quiser.
- não estou doente? nesse caso, não obrigada. eu sou da raça dos que mergulham de olhos abertos.